Depois do triunfo na véspera, João Ferreira e Filipe Palmeiro tiveram uma quinta etapa do Dakar Rally com sabor agridoce. Se por um lado perderam tempo devido à “queda” de uma duna, que lhes valeu o 12.º lugar na etapa, por outro acabaram por ficar, ainda que ligeiramente, mais perto da liderança da classe SSV, fruto do atraso significativo do até então líder Gerard Farres.
“Estamos tristes e desapontados com o desfecho da etapa, porque vínhamos num ritmo muito bom, a ganhar confiança nas dunas e a recuperar mais tempo para a frente, mas o Dakar é assim. Caímos literalmente de uma duna, partimos um braço traseiro no Can-Am e fomos forçados a parar para trocar. É um grande balde de água fria, principalmente depois da recuperação que vínhamos a fazer. Estamos ligeiramente mais perto da frente, mas hoje podíamos ter conseguido uma grande operação de recuperação” afirmou o piloto da Can-Am Factory Racing.
Já Ricardo Porém viveu de forma tranquila a primeira etapa 100% de dunas do Dakar Rally. Sem problemas de maior, o piloto de Leiria terminou a etapa na 13.ª posição, lugar que ocupa também na classificação geral da categoria Challenger.
“Chegou a imensidão de areia e tivemos uma etapa dentro do normal, com muitas dunas e ervas de cabelo, mas cá estamos no final. Amanhã arranca a grande novidade deste ano, a etapa de 48 horas. Vamos à luta”, explicou o piloto da MMP Competition.
Para amanhã e sexta-feira, a organização preparou mais uma etapa maratona, mas com alguns detalhes para neutralizar a vantagem das equipas de fábrica.
Os participantes terão apenas até às 16 horas para avançar o máximo possível na etapa antes de se dirigirem a um dos oito bivouacs preparados pela organização. No acampamento, terão acesso a mantimentos mínimos e materiais de acampamento, enquanto as máquinas ficam guardadas até a manhã seguinte, sem assistência.