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A viagem de Albina Kachur à conquista do Mundo teve partida em Leiria

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Aos três anos, pela mão da avó Tetiana, foi experimentar a patinagem. Vivia perto do pavilhão do Centro de Convívio e Recreio do Telheiro (CCRT) e longe estava de imaginar que aquela curta caminhada desde casa lhe iria mudar a vida. Na verdade, assim foi. Agora, alcança títulos nacionais o soma presenças em pódios de competições europeias.

Albina Kachur, hoje com 15 anos, testou a natação e o ballet, mas a liberdade que os patins lhe proporcionam não encontrou par em qualquer outra modalidade ou atividade. Ali, ela voa, sonha, brilha e dança. O sorriso que lhe enche a cara persiste enquanto encanta a plateia.

No CCRT, teve como treinadora Josiana Vieira. Depois, como o talento estava à vista de todos, “fazia muitas viagens” para Norte, onde treinava no Rolar Matosinhos, provavelmente o mais bem-sucedido clube da modalidade em Portugal, com campeões da Europa e do Mundo nos seus quadros.

Até que, em 2020, com pouco mais de 11 anos, se mudou de vez para o Porto, sempre acompanhada pelos pais Knesiya e Oleksiy, onde treina todos os dias e conquista prémios atrás de prémios. Foi campeã nacional em 2021 e 2023, venceu a Taça da Europa em 2021 e conquistou a medalha de bronze no Campeonato da Europa em 2022 e a de prata no ano passado.

Ainda assim, regressa a Leiria sempre que pode. É na cidade que tem as maiores referências. Todos os fins de semana, se as competições o permitirem, regressa para treinar Pilates, rever a melhor amiga e estar com os avós. “Gosto de estar com eles. Foi difícil afastarmo-nos”, conta a atleta.

Apesar de frequentar o 10.º ano e continuar a ser uma “boa aluna”, a patinagem artística, que lhe dá “mais responsabilidade e disciplina” na vida para lá do desporto, é “a prioridade” para Albina Kachur.

Uma disponibilidade que lhe valeu o “privilégio” de integrar o quarteto que este fim de semana conquistou o título nacional, também composto pelos irmãos Ana e Pedro Walgode, dupla campeã mundial de patinagem artística, em pares dança.

Apesar da juventude, a responsabilidade cresce. E a ambição também. “Quero ser campeã do mundo vários anos seguidos e queria muito que o meu desporto integrasse o programa olímpico para também poder participar. Estamos a chegar cada vez mais longe e a conseguir mais público, pode ser que esse dia chegue.”

Nós vamos estar aqui a torcer por ela.

 

“Na patinagem eu gosto que aprendemos os elementos e técnica mas ao mesmo tempo começamos a ter mais responsabilidade e disciplina, o que contribui também para a vida fora do desporto.


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