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Projeto de formação da União da Serra evolui com criação de equipa sénior

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A União Desportiva da Serra acaba de escrever um novo e importante capítulo, ao lançar uma equipa sénior feminina de andebol, reforçando o compromisso com a formação de atletas e o crescimento do desporto no concelho de Leiria. Nuno Fernandes, coordenador da secção, é o rosto deste projeto ambicioso, que vai para a sua sétima temporada e já traz vitórias de peso, como o recente título nacional de sub-16 e a presença constante de jovens talentos nas seleções nacionais.

“A hora certa chegou”, afirma Nuno Fernandes, com entusiasmo. “As nossas primeiras atletas estão a subir para as sub-18, e sentimos que era o momento de dar este passo.” Após dois vice-campeonatos consecutivos e a consagração em 2024, o clube decidiu que fazia sentido expandir o projeto com uma equipa sénior, garantindo que a formação e a competição de alto nível caminhem juntas. “Não faz sentido ter seniores sem uma base de formação sólida, assim como não faz sentido investir na formação sem ter uma equipa sénior onde as jogadoras possam evoluir”, sublinha.

A estreia da equipa sénior não podia ter corrido melhor. Frente ao SIR 1.º de Maio B, a União da Serra mostrou um jogo coeso e venceu com clareza, demonstrando que a aposta está a dar frutos. O grupo foi reforçado com jogadoras de grande experiência, como Neuza Valente, Raquel Sarmento e Maria Malaca, que trouxeram não só qualidade técnica, mas também uma forte liderança dentro do balneário. “Estas jogadoras são exemplos, não só dentro de campo, mas fora dele. O compromisso delas eleva o grupo”, elogia Nuno Fernandes.

Entre as jovens promessas, Maria Rita Lopes é uma verdadeira inspiração. Aos 15 anos, já foi convidada a jogar na 1.ª Divisão pelo ABC de Braga, um feito que deixa Nuno Fernandes orgulhoso. “É um exemplo claro do que queremos para as nossas atletas: abrir portas para que todas possam ter oportunidades assim.”

Apesar do talento e da ambição, o coordenador é cauteloso quanto à possibilidade de uma rápida subida à divisão principal. “Temos potencial para isso, mas não é algo que nos pressiona. O mais importante é manter a estrutura, evoluir com as nossas jogadoras e, acima de tudo, garantir que as sub-18 continuam a ter espaço para crescer”, reflete Fernandes. O foco, agora, passa também pela conclusão do pavilhão, uma peça fundamental para o desenvolvimento a longo prazo.

Com um campeonato exigente pela frente, onde um dia menos inspirado pode fazer a diferença, a União da Serra está preparada para enfrentar desafios e continuar a crescer. O caminho não é fácil, mas, com a aposta na formação e a criação de uma equipa sénior forte, o futuro do andebol feminino no clube parece mais promissor do que nunca.


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