Chama-se biclis e é o sistema público de partilha de bicicletas que o Município de Leiria apresentou esta quinta-feira, um serviço que pretende contribuir para a melhoria do ambiente, para a criação de hábitos de mobilidade e para a promoção da atividade física.
“É um projeto que tem uma importância simbólica para o nosso conceito de mobilidade futura, que queremos implementar no nosso concelho, visando dar um modo de estar às pessoas, que vão ter a oportunidade de substituir outros meios de transporte por um sistema ecologicamente mais sustentável e mais saudável”, explicou Gonçalo Lopes, presidente da Câmara Municipal.
O autarca afirmou ainda que o projeto se insere “numa estratégia de mobilidade ampla”, que a autarquia tem vindo “a planear ao longo dos últimos dois anos”. “Os meses de abril e maio vão ser importantes no trabalho que temos feito na área”, aludindo à aprovação do projeto de execução do novo terminal rodoviário, ao lançamento do concurso para a rede Mobilis e ao sistema de painéis informativos relativos aos parques de estacionamento e aos transportes públicos (Leiria Smart City).
O vereador da Mobilidade, Luís Lopes, considera que “a biclis permite usufruir da cidade de forma diferente”, viabilizando uma ida “para o trabalho, para as compras, ir para ir ler um livro de forma bastante mais confortável do que com uma bicicleta normal”.
“Este não é um sistema que se pretenda que seja de usar 20 minutos e colocá-la [a biclis] numa estação. Pretende fidelizar os utilizadores, que as pessoas entendam e que mudem efetivamente os seus hábitos de mobilidade”, continuou Luís Lopes.
A partir de hoje, os residentes no concelho e os estudantes do Politécnico de Leiria têm 150 bicicletas elétricas à disposição, podendo também os jovens entre os 16 e os 18 anos candidatar-se a ser um biclista, através de inscrição feita no site biclis.cm-leiria.pt, que será analisada, por ordem de entrada, em 30 dias, pelo Município.
A adesão e a utilização da biclis são gratuitas, sendo apenas necessário o pagamento de uma caução de 100 euros, e o biclista poderá usufruir da sua bicicleta por três ou seis meses, renováveis após avaliação e desde que a bicicleta tenha utilização.
A biclis tem uma autonomia de 40 quilómetros e pode ser carregada numa das 19 estações espalhadas pela cidade, num total de 180 docas, ou mesmo em casa, a partir do carregador doméstico que é entregue ao utilizador, juntamente com uma mochila, um capacete, um colete, uma chave de desbloqueio das docas, um Manual do biclista, um kit de ferramentas e um carregador doméstico.
Tanto no site como na aplicação criada para o efeito, plataformas nas quais terá de ser criada uma conta pessoal, o utilizador terá acesso a um conjunto de informações, nomeadamente as estações e docas disponíveis, a dados relativos às deslocações feitas e poder apresentar avarias, sugestões e reclamações.
O valor do investimento neste projeto foi superior a 710 mil euros, financiados por fundos comunitários, e as primeiras biclis deverão ser entregues em maio.